15 dezembro 2010

Um Hino para a nossa Escola.

No ano lectivo 2009/2010 foi pedido aos professores, da escola onde lecciono, que incentivassem e apoiassem os seus alunos na elaboração de uma letra para um hino escolar, para posterior selecção e adopção. Vários condicionantes, no final do ano lectivo, adiaram a concretização desta iniciativa. Como Directora de Turma incentivei os meus alunos para a elaboração do mesmo, tendo sido realizado nas aulas de Formação Cívica. Após o produto final manifestei o meu orgulho por aqueles alunos, pelo entusiasmo, sentido de responsabilidade e por todos os valores e cidadania contida na letra do hino. A iniciativa da escola ficou adiada mas não o meu compromisso e agradecimento para com aqueles alunos. Sempre lhes transmiti que, na vida, interessa sermos cidadãos conscientes, interventivos, activos, responsáveis pelos nossos projectos, visando sempre desenvolver a nossa cidadania de forma activa e responsável. A letra deste hino , significou a tomada de consciência do verdadeiro valor da escola e do muito que nos merece reconhecimento e respeito, a perdurar nas nossa memórias. 
 
O Hino da minha escola
Na minha escola vou crescendo em sabedoria
Na minha escola vou crescendo dia após dia
Adquiro hábitos de cidadania
Vou recebendo e partilhando alegria

Aqui aprendo a aceitar alguns fracassos
Aprendo que através deles homem me faço
Também já recebi alguns louvores
E tudo  agradeço a colegas, funcionários e professores

Refrão:
                                                Querida escola do meu coração
                                         Onde aprendi muita lição
                                                    Destas memórias eu jamais fujo
                                             Escola  EB/S  V. de Araújo
Quantas vezes tenho que estender a mão
Para ajudar ou me levantar
Mas ficar-me-á sempre de lição
Que aqui também aprendi a amar

Terei sempre gratidão
Por quem de forma interventiva
Soube moldar meu coração
A comunidade educativa
Autores: Alunos da turma B - 6º ano/ ano lectivo 2009/2010 :
Ana Beatriz; Ângela Sofia M. Lemos; Aníbal Augusto O. Brás; Artur Daniel C. Fernandes; Bárbara Daniela F. Martins; Beatriz Carvalho C. Silva; Carolina Francisca M. Teixeira; Diana Micaela S. Martins; Hélder António S. Pereira; Henrique josé Grilo;  João Pedro G. Varanda; José Eduardo S. Lemos;  José Manuel M. Vieira; Lídia Paula R. Martins; Mariana C. Freitas; Natalina da Glória V. Castro; Paulo António O. Brás; Paulo Nuno O. da Nova; Rita Sofia G. Silva; Sara Daniela S. Almeida; Sara Isabel A. Silva; Sofia Alexandra S. Leitão; Tatyanna Tazi C. Barros. Directora de Turma. (Aurora Fernandes)

14 dezembro 2010

O que é respeitar?

Este trabalho foi-me enviado pela professora Glória Silva, como sugestão para publicação neste blog. Os meus agradecimentos pois aqui se enquadra perfeitamente. Será certamente visionado e discutido nas minhas aulas e julgo que em muitas outras, com outros educadores.  Obrigada. Abaixo segue parte do texto que a colega me dirigiu:
"Gostei muito deste documento, penso que deveria ser trabalhado em todas as turmas onde ainda se nota muita falta de respeito por parte de muitos alunos. Se não for possível nas aulas de Formação Cívica que seja mostrado em qualquer outra disciplina. Glória Silva"

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04 dezembro 2010

FELIZ NATAL PARA TODOS/ MERRY CHRISTMAS.

  
 Porque esta vida é efémera e os bons momentos passam num ápice, vivamos este Natal como se fosse o último. Aproveitemos para abraçar os familiares e amigos e dizer-lhes o quanto são importantes para nós e gostamos deles. Se o não conseguirmos fazer por palavras façamo-lo por atitudes ou gestos. NINGUÉM SABE SE VOLTARÁ A VIVER OUTRO NATAL,  POR ISSO DÁ E RECEBE ALEGRIA, CARINHO E AMOR.   FELIZ NATAL / MERRY CHRISTMAS.
VIVAMOS O NATAL À SEMELHANÇA DO QUE A FAMÍLIA DE JESUS NOS TRANSMITE NESTA  IMAGEM: UNIÃO, DEDICAÇÃO, CARINHO E AMOR. QUE NUNCA FALTE A PRESENÇA FISICA  OU ESPIRITUAL DE TODOS OS QUE AMAMOS.   FELIZ NATAL!!  

     Conto de Natal:                O valor do Natal 


Onde estás, pai?
A neve caía, dezembro era o mês do frio e dos brancos mantos de neve. Lili olhava, mais uma vez, para o portão de sua casa. Viver no campo sempre a confortou e alegrou mas…, naquele dia, sentia-se gelar por dentro, apesar do calor que se fazia sentir no seu quarto. Hoje  seria noite de consoada e … nem sinal do pai.
Pegou numa caneta e num papel e começou a desabafar com palavras: “ Pai, há três meses que trocaste este lindo Portugal por esse gelado país. Sei que na Suíça se ganha mais dinheiro mas… preferia que estivesses sempre perto de mim. Disseste que virias passar o Natal connosco e nem sinal de ti! Por que não apareces? A mãe está descontrolada, lá em baixo, o teu telemóvel nem dá sinal! Será que consegues imaginar como me sinto neste momento?”
A mãe chamou-a:
- Lili, vem para baixo, está a ficar escuro! Quero que me ajudes com a ceia de consoada. O teu pai já não vem! 
Não estejas à espera de um milagre de Natal!
A mãe de Lili estava muito nervosa e chateada, esperava que o marido viesse passar o Natal com a família, mas começava a concluir que não viria. Lembrou-se do que o marido lhe dissera, na semana anterior: “ O meu patrão quer que eu trabalhe na semana do Natal e disse que me pagaria em dobro, mas...”.    
Algumas horas mais tarde, sentaram-se ambas à mesa. A mesa estava repleta de iguarias. Nada faltava da tradicional ceia de consoada. A árvore de Natal piscava orgulhosa, deixando revelar os maravilhosos adornos que a vestiam. Lili dirigiu o olhar para a janela, viu duas estrelinhas a brilhar, lembrou dos avós que tinham ido para o céu e que sempre recordava, com muito amor. Foi buscar duas estrelinhas, guardadas numa caixinha de veludo, brilhavam como diamantes lapidados, beijou-as e pendurou-as na árvore. Olhou novamente para aquela árvore, aproximou-se do presépio, admirou o Menino Jesus, que dormia descansado sob o olhar atento de Maria e São José, pediu um milagre.
A tristeza era imensa.
Olhava para todos aqueles presentes que tinha “exigido” à mãe e, entre lágrimas, murmurou:
- Mãe!
-Diz, filha!
-Sabes, agora consigo ver o verdadeiro valor do Natal. Afinal, não são os presentes, nem a mesa cheia de boa comida que nos fazem verdadeiramente felizes. Agora percebo quando dizem que o Natal é a festa da família! Descobri que é Natal porque estou contigo à mesa, sinto a presença de duas estrelinhas que sempre me acompanham e guardam, mas falta-me a presença de alguém que podia estar sentado nesta mesa, mas não está. Também não está guardado, na forma de estrela, na minha caixinha de veludo. É noite de Natal, descobri o significado desta quadra, mas sinto muita tristeza no meu coração!
A mãe não lhe conseguiu dirigir palavra. As lágrimas lavavam-lhe a cara.
Nesse preciso momento, a campainha tocou, ambas saltaram da cadeira dirigindo-se para a porta de entrada. O coração desta doce menina de dez anos batia apressadamente, com a mão trémula abriu a porta.
- Ah! Pa... pa… pai!!! – Lili gritou descontrolada.
As explicações daquele atraso não foram dadas nos quinze minutos que se seguiram, pois os beijos e abraços falaram mais alto.
Quando finalmente foi possível, o pai de Lili explicou o que lhe sucedera.
Lili beijou e agradeceu ao menino que descansava nas palhinhas, olhou novamente para aquela árvore e sorriu para duas estrelas que lhe piscaram o olho.                            
 Foi assim que Lili descobriu o valor do Natal, concluiu também que, afinal, no Natal, milagres acontecem.   (Aurora Vilela Fernandes, prof Port./ Ingl.)
1ª imagem é da autoria deste blog; site da 2ª imagem: http://dialogando-com-o-belo.blogspot.com/2009/12/q-uem-olha-de-fora-por-uma-janela.html

(Recentemente, um pai procurou-me na escola dizendo, entre lágrimas, que esta seria, certamente, a última vez que viria acompanhar a vida escolar da sua filha. Não queria mais fazer segredo, para o mundo, do grave problema de saúde de que é portador.
 Há alturas em que nos sentimos tão impotentes…, apenas lhe consegui dizer para continuar a procurar ajuda médica, disse-lhe também “Tenha Fé”.

Nessa noite, enquanto corrigia composições dedicadas ao Natal, feitas por alunos de outra turma, achei importante que os alunos pensassem no Natal de outra forma. Por isso decidi fazer este conto para que fosse lido e interpretado nas minhas. aulas de Língua Portuguesa, Inglês, Estudo Acompanhado e Formação Cívica, tendo surgido vários trabalhos, dos quais seleciono apenas algumas frases, que considero importante serem partilhadas para reflexão.)    

Alguns trabalhos/ frases que surgiram (das turmas: 5ºB; 5ºE; 6ºD e 6ºF) da análise deste conto, a refletir:
“ O Natal é a festa da família e muitas vezes somos tão egoístas que só pensamos nas coisas que queremos receber, só quando nos acontece como à Lili é que percebemos.”
“Penso que o pai da Lili vinha de carro mas teve um grande acidente. Esteve quase para morrer, mas como Lili rezou ao menino que nasceu no Natal para nos salvar, aconteceu um milagre de Natal e o pai dela salvou-se, chamou um táxi e foi para casa todo ferido mas livre de perigo. O menino Jesus quer mesmo que o Natal seja a festa da família.”

“ Quando não é possível estarmos todos reunidos em pessoa devemos pensar em quem gostamos de outra forma, em espírito, e guardá-los num sítio especial, poderá ser na forma de estrelinha. O que importa é não esquecermos de quem amamos e sempre gostou de nós.”

“ …também tenho pensado no Natal como um senhor de barbas brancas a trazer muitas prendas, o bacalhau, que detesto, em cima da mesa, e uma “barrigada de doces”. Talvez pense assim porque estamos todos juntos e nunca senti falta de nenhum familiar querido.”

“ … penso que a Lili guardava aquelas duas estrelinhas numa caixinha com amor para se lembrar dos falecidos  avós com carinho, se o pai da Lili também já tivesse falecido, como os avós, ela guardaria outra estrelinha na caixinha e agora já não sofreria tanto. Apenas pensaria nele com carinho e amor e que ele estaria lá em cima a rezar por ela. Como o pai ainda estava vivo e lhe prometera vir no Natal ela sentia-se triste por pensar que ele já não gostava dela e não queria vir.”

“Desta vez vou estar longe da minha mãe, porque vou passar o Natal com o meu pai, que já tem outra família. Já me habituei a isto, mas consigo perceber a tristeza da Lili e como somos tolos em só pensar nos presentes que recebemos. O mais importante é a família junta, este é o espírito de Natal que o menino Jesus nos quer mostrar para um mundo melhor.”

 “ We should be together at Christmas, we must love our family: parents ( mother and father), grandparents, brothers and sisters, cousins, aunts and uncles, godmothers and godfathers,... our friends and neighbours. Baby Jesus has got a wonderful family too. This is the Christmas “spirit”.”

NB: Muitos outros maravilhosos trabalhos surgiram, seria impossível colocar aqui todos, mas que estas frases selecionadas não sejam esquecidas numa gaveta, e nos façam refletir um pouco nos valores e no valor das “coisas”.
                                                                                 FELIZ NATAL: Aurora Fernandes.